quinta-feira, 23 de julho de 2015

Projeto TCC Pós EAD

PROJETO TCC PÓS EAD IFNMG


Instituto Federal do Norte de Minas Gerais

O Docente em EaD na era da Cibercultura

Gilberto Aparecido Soares Medeiros
Hilda Marta Guimarães Antunes


SUMÁRIO
1.
Introdução---------------------------------------------------------------------------------------
03
2.
Tema --------------------------------------------------------------------------------------------
03
3.
Questão norteadora/problema ---------------------------------------------------------------
04
4.
Objetivos----------------------------------------------------------------------------------------
04

            Objetivo geral--------------------------------------------------------------------------
04

            Objetivos específicos-----------------------------------------------------------------
04
5.
Justificativa-------------------------------------------------------------------------------------
04
6.
Referencial teórico-----------------------------------------------------------------------------
04
7.
Metodologia------------------------------------------------------------------------------------
07
8.
Cronograma-------------------------------------------------------------------------------------
07
9.
Referências-------------------------------------------------------------------------------------
07

1. INTRODUÇÃO
A Educação a Distância não é uma prerrogativa da contemporaneidade. Seu surgimento enquadra-se no contexto da segunda metade do século XIX, chegando ao Brasil ainda na primeira metade do século XX. Seus métodos, objetivos e materiais variaram conforme o contexto histórico, o lugar e os interesses políticos. De modo geral, a EAD passou do método a distância via correspondência impressa para o uso do rádio, da televisão e, de modo definitivo, da internet.
A figura do docente em EaD também variou conforme a própria EaD. Se antes era um estranho, sem rosto, que remetia cartas e material, lia as respostas e emitia certificados, passou para uma figura midiática através do uso das ondas do rádio e da imagem da televisão. Atualmente, o docente em EaD acampa uma nova figura, seja qual for o método ou meio de comunicação usado para transmitir, produzir e receber conhecimento.
Pode-se dizer que o docente EaD na contemporaneidade é um ser profundamente midiático, num sentido novo, visto que a maior parte da EaD dá-se via meios de comunicação, redes sociais, mídias diversas, várias tecnologias e plataformas específicas. Porém, não deixa de ser especificamente humano e interativo.
A interação entre docente EaD e a Cibercultura tem produzido novas formas de comportamento por parte desse docente, sobretudo devido a uma determinante influência desta sobre aquele, devido à dependência cada vez maior desse docente dos novos meios de e novas tecnologias de comunicação. Por outro lado, essa relação não é de todo negativa, pois possibilita ao docente EaD reinventar seus métodos educativos, assim como dá-lhe a oportunidade de aprender novas maneiras de educar e usar as ferramentas tecnológicas disponíveis.
A proposta deste trabalho parte desse pressuposto para sua elaboração, e se configura conforme tema e objetivos a seguir.

2. TEMA
O Docentes em EaD na era da Cibercultura.

3. QUESTÃO NORTEADORA/PROBLEMA
Qual o impacto da cibercultura na prática docente em EaD no contexto contemporâneo?

4. OBJETIVOS
            OBJETIVO GERAL
O presente trabalho tem o objetivo de analisar e discutir a relação existente entre a prática do docente em EaD e a Cibercultura e a influência desta na vida profissional desse educador na atualidade.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Analisar aspectos históricos da EaD e da Cibercultura;
Identificar a relação existente entre a prática docente em EaD e a Cibercultra;
Analisar o impacto da Cibercultura na ação educativa do docente em EaD na contemporaneidade.

5. JUSTIFICATIVA
Este trabalho justifica-se pela constatação de um discurso cada vez mais profundo em torno do docente em EaD e de sua relação íntima com a cibercultura, especialmente no que diz respeito à sua atuação como educador usando as novas tecnologias e os diferentes ambientes virtuais de aprendizagem, bem como as diversas redes sociais e meios de comunicação disponíveis. Parte da questão: qual o impacto da cibercultura na prática docente em EaD no contexto contemporâneo?, visando contribuir para ampliar o debate sobre o assunto e entender a ação docente em EaD na atualidade.

6. REFERENCIAL TEÓRICO
Ao longo dos anos, o termo educação a distância tem sido utilizado por diferentes terminologias: “ensino aberto, ensino a distância, formação a distância, entre outras” (OLIVEIRA, 2012, p. 07). Atualmente são mais comuns as terminologias Educação Aberta e Educação a Distância. Esta última terminologia tendencia a predominar, representada, na maioria dos usos, simplesmente pela sigla EaD.
Para Oliveira, a EaD “deve ser compreendida como uma prática educativa situada e mediatizada, uma modalidade de se fazer educação, de se democratizar o conhecimento” (OLIVEIRA, 2012, p. 07). Nessa forma de fazer educação, “a educação clássica foi reconfigurada por uma nova possibilidade, a flexibilidade de tempos e espaços para ensinar e aprender” (OLIVEIRA, 2012, p. 09).
Embora pareça ter surgido muito recentemente, devido à sua expansão nas últimas décadas, a EaD possui uma história longa, identificada no processo da história moderna desde a segunda metade do século XIX, na Europa. Vários autores dividem a história da EaD em pelo menos quatro gerações e Oliveira (2014) aponta a possibilidade de se falar numa quinta geração, como apresentado a seguir.
A Primeira geração de EaD surge no fim da segunda metade do século XIX e se estende até início da segunda metade do século XX. Conforme Oliveira (2014) e Trenk (2014), nesse período prevaleceu o ensino por correspondência. Foram utilizados os meios de transporte como trens e de comunicação, como os correios, para difundir a formação educativa dos alunos ligados a uma instituição educativa.
A segunda geração, conhecida como “geração analógica”, ocorreu entre os anos 1960 e 1980. Teve início com o surgimento das Universidades Abertas de ensino a distância em vários países da Europa, Ásia e África, cujo modelo seguido era o da Open University britânica, fundada em 1969 (TRENK, 2014).
A terceira geração de EaD surge a partir da década de 1990, baseada no uso do computador e da internet, desenvolvendo a comunicação síncrona e assíncrona (chats, fóruns, listas de discussão...). Neste período, conforme Oliveira (2014), há uma viabilização de novo tipo de interação social que supera a “distância social”, a “distância geográfica” e o “tempo” entre docentes e discentes.
A quarta geração da EaD é marcada pelo uso de aparelhos móveis, munidos de tecnologias inovadoras mais avançadas do que as encontradas  nos próprios computadores. Entre esses aparelhos destacam-se o celular, o smartphone e o tablete, considerados tecnologias da comunicação e informação acessíveis a um grande número de usuários,
capaz de viabilizar a troca de informações e de produção do conhecimento em tempo instantâneo possibilitando estabelecer e manter a interação dos participantes de uma comunidade de aprendizagem com maior qualidade e rapidez (OLIVEIRA, 2014, p. 07).
Segundo Oliveira (2014), já se pode falar em quinta geração da EaD, demarcada pelo uso da banda larga e democratização da internet. Neste sentido, a EaD caracteriza-se pelo uso variado de plataformas online, como o Moodle e o AVA (Ambiente Virtual de Aprendizagem), além de outras redes de comunicação, como as redes sociais.
Os novos procedimentos em EaD estão diretamente inseridos em um novo fenômeno denominado Cibercultura, ligado diretamente com o avanço da tecnologia, da internet, dos novos meios de comunicação e das redes sociais.
Pierre Lévy define a cibercultura como o “conjunto de técnicas (materiais e intelectuais), de práticas, de atitudes, de modos de pensamento e de valores que se desenvolvem juntamente com o crescimento do ciberespaço” (LÉVY, 1999, p. 17). Por ciberespaço o autor compreende o “novo meio de comunicação que surge da interconexão mundial dos computadores” (LÉVY, 1999, p. 17).
Numa abordagem sobre o trabalho docente em EaD na era da cibercultura, a pergunta mais instigante é: como fica o docente em EaD na era da cibercultura? Uma resposta resumida e precisa é apresentada por Oliveira: “as velozes mudanças tecnológicas impõem outro ritmo à tarefa de ensinar e aprender” (OLIVEIRA, 2014, p. 09). Ou seja, o docente em EaD na era da cibercultura precisa reinventar seus métodos de ensino-aprendizagem, adotando, especialmente, as novas tecnologias no desempenho de suas atividades.
Em que se difere o docente em EaD do docente em educação presencial? Sinteticamente, diferencia-se, sobretudo, no domínio do mundo tecnológico que se lhe impõem na execução do seu ofício. Pode-se apontar ainda a diferenciação de seus métodos pedagógicos e a ampliação dos saberes. Nos outros aspectos, são iguais.
Mill aponta para a verdade de que esse docente é, antes de tudo, um ser humano, um sujeito, construtor de sua própria história e, consequentemente, desenvolve pontos de vista próprios sobre si mesmo, sobre os outros e sobre sua profissão. Assim sendo, é sujeito do próprio processo de ensino-aprendizagem com o qual está envolvido. É sujeito do ensino-aprendizagem em EaD tal como o estudante ou os gestores da EaD. É, ainda, gestor, na concepção de Mill (2012b, p. 14).
Esse sujeito de processo educativo, conforme Mill (2012ba) é complexo, com saberes próprios, adquiridos através da experiência e por meio de estudos. Mais ainda, como qualquer outra pessoa, tem preconceitos, ou possui conceitos pré-estabelecidos sobre muitas coisas, inclusive sobre a própria educação, e sobre a educação a distância. Pode ainda ser um docente que tomou a educação a distância, num primeiro momento, como processo educativo ineficiente ou de pouca importância, vindo depois integrá-lo como realização pessoal, o que pode não ser raro acontecer.

7. METODOLOGIA
            A realização do trabalho dar-se-á por meio da escolha, leitura e análise de literatura já existente na área, sendo, portanto, uma revisão literária, constituindo-se de uma pesquisa bibliográfica, que, segundo Silva (2005), é aquela “elaborada a partir de material já publicado, constituído principalmente de livros, artigos de periódicos e atualmente com material disponibilizado na Internet” (SILVA, 2005, p. 21). Após a análise, será elaborado um texto final que será apresentado à banca Examinadora do Curso de Pós-graduação Latu-Sensu em EAD do IFNMG para análise e aprovação.

8. CRONOGRAMA
ATIVIDADES/MÊS
MAI
JUN
JUL
AGOS
01
Pesquisa literária
     X



02
Revisão da literatura
     X



03
Elaboração do Projeto Versão I

     X


04
Elaboração do Projeto Final

     X


05
Elaboração da Primeira Versão do Artigo

     X
   X

06
Elaboração da Versão Final do Artigo


    X

07
Preparação do Pôster do Artigo


     X
     X
08
Apresentação do Artigo/Pôster em Seminário



     X

9. REFERÊNCIAS
LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999.
MILL, D.; BIANCHI, P. C. F. Programa de Formação Continuada da Unimontes. Módulo V. Gestão da Educação a Distância. Montes Claros: Unimontes, 2012.
MILL, D.; SILVA, A. R. da; TORRES, M. A. G. Programa de Formação Continuada da Unimontes. Módulo III. Docência na Educação a Distância. Montes Claros: Unimontes, 2012.
OLIVEIRA, R. M. da S. R. Avaliação online: fundamentos históricos, filosóficos e políticos da EaD. Disponível em: <http://ava.ifnmg.edu.br/mod/quiz/review.php?/attempt=31775>. Acesso em 06 fev. 2015.
OLIVEIRA, R. M. da S. R. Programa de Formação Continuada da Unimontes. Parte II: Fundamentos históricos, filosóficos e políticos da EaD. Montes Claros: Unimontes, 2012.
PESCE, Lucila. EAD: antes e depois da cibercultura. Salto para o Futuro. Cibercultura: o que muda na educação. Ano XXI Boletim 03 - Abril 2011, p. 10-15.
SANTOS, Edméa. Cibercultura: o que muda na Educação. Salto para o Futuro. Cibercultura: o que muda na educação. Ano XXI Boletim 03 - Abril 2011, p. 05-09.
SANTOS, Edméa. Educação online para além da EAD: um fenômeno da cibercultura. Actas do X Congresso Internacional Galego-Português de Psicopedagogia. Braga: Universidade do Minho, 2009.
SILVA, Edna Lúcia da, MENEZES Estera Muszkat. Metodologia da Pesquisa e Elaboração de Dissertação. 4. ed. rev. atual.Florianópolis: UFSC, 2005.

TRENK, W. A. A prática docente em EAD no contexto da cibercultura. Convenit Internacional 14 jan-abr 2014 Cemoroc-Feusp/Ppgcr-Umesp/IJI - Univ. do Porto.

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