PROJETO TCC PÓS EAD IFNMG
Instituto Federal do Norte de Minas Gerais
Instituto Federal do Norte de Minas Gerais
O Docente em EaD na era da Cibercultura
Gilberto
Aparecido Soares Medeiros
Hilda
Marta Guimarães Antunes
SUMÁRIO
1.
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Introdução---------------------------------------------------------------------------------------
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2.
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Tema
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03
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3.
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Questão
norteadora/problema ---------------------------------------------------------------
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4.
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Objetivos----------------------------------------------------------------------------------------
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Objetivo
geral--------------------------------------------------------------------------
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Objetivos específicos-----------------------------------------------------------------
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5.
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Justificativa-------------------------------------------------------------------------------------
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6.
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Referencial
teórico-----------------------------------------------------------------------------
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04
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7.
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Metodologia------------------------------------------------------------------------------------
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8.
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Cronograma-------------------------------------------------------------------------------------
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07
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9.
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Referências-------------------------------------------------------------------------------------
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07
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1.
INTRODUÇÃO
A
Educação a Distância não é uma prerrogativa da contemporaneidade. Seu
surgimento enquadra-se no contexto da segunda metade do século XIX, chegando ao
Brasil ainda na primeira metade do século XX. Seus métodos, objetivos e
materiais variaram conforme o contexto histórico, o lugar e os interesses
políticos. De modo geral, a EAD passou do método a distância via
correspondência impressa para o uso do rádio, da televisão e, de modo
definitivo, da internet.
A
figura do docente em EaD também variou conforme a própria EaD. Se antes era um
estranho, sem rosto, que remetia cartas e material, lia as respostas e emitia
certificados, passou para uma figura midiática através do uso das ondas do
rádio e da imagem da televisão. Atualmente, o docente em EaD acampa uma nova
figura, seja qual for o método ou meio de comunicação usado para transmitir,
produzir e receber conhecimento.
Pode-se
dizer que o docente EaD na contemporaneidade é um ser profundamente midiático,
num sentido novo, visto que a maior parte da EaD dá-se via meios de
comunicação, redes sociais, mídias diversas, várias tecnologias e plataformas
específicas. Porém, não deixa de ser especificamente humano e interativo.
A
interação entre docente EaD e a Cibercultura tem produzido novas formas de
comportamento por parte desse docente, sobretudo devido a uma determinante
influência desta sobre aquele, devido à dependência cada vez maior desse
docente dos novos meios de e novas tecnologias de comunicação. Por outro lado,
essa relação não é de todo negativa, pois possibilita ao docente EaD reinventar
seus métodos educativos, assim como dá-lhe a oportunidade de aprender novas
maneiras de educar e usar as ferramentas tecnológicas disponíveis.
A
proposta deste trabalho parte desse pressuposto para sua elaboração, e se
configura conforme tema e objetivos a seguir.
2. TEMA
O Docentes em EaD na
era da Cibercultura.
3.
QUESTÃO NORTEADORA/PROBLEMA
Qual
o impacto da cibercultura na prática docente em EaD no contexto contemporâneo?
4. OBJETIVOS
OBJETIVO GERAL
O
presente trabalho tem o objetivo de analisar e discutir a relação existente entre
a prática do docente em EaD e a Cibercultura e a influência desta na vida
profissional desse educador na atualidade.
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
Analisar
aspectos históricos da EaD e da Cibercultura;
Identificar
a relação existente entre a prática docente em EaD e a Cibercultra;
Analisar
o impacto da Cibercultura na ação educativa do docente em EaD na
contemporaneidade.
5.
JUSTIFICATIVA
Este
trabalho justifica-se pela constatação de um discurso cada vez mais profundo em
torno do docente em EaD e de sua relação íntima com a cibercultura,
especialmente no que diz respeito à sua atuação como educador usando as novas
tecnologias e os diferentes ambientes virtuais de aprendizagem, bem como as
diversas redes sociais e meios de comunicação disponíveis. Parte da questão:
qual o impacto da cibercultura na prática docente em EaD no contexto
contemporâneo?, visando contribuir para ampliar o debate sobre o assunto e
entender a ação docente em EaD na atualidade.
6.
REFERENCIAL TEÓRICO
Ao
longo dos anos, o termo educação a distância tem sido utilizado por diferentes
terminologias: “ensino aberto, ensino a distância, formação a distância, entre
outras” (OLIVEIRA, 2012, p. 07). Atualmente são mais comuns as terminologias
Educação Aberta e Educação a Distância. Esta última terminologia tendencia a
predominar, representada, na maioria dos usos, simplesmente pela sigla EaD.
Para
Oliveira, a EaD “deve ser compreendida como uma prática educativa situada e
mediatizada, uma modalidade de se fazer educação, de se democratizar o
conhecimento” (OLIVEIRA, 2012, p. 07). Nessa forma de fazer educação, “a educação
clássica foi reconfigurada por uma nova possibilidade, a flexibilidade de
tempos e espaços para ensinar e aprender” (OLIVEIRA, 2012, p. 09).
Embora
pareça ter surgido muito recentemente, devido à sua expansão nas últimas
décadas, a EaD possui uma história longa, identificada no processo da história
moderna desde a segunda metade do século XIX, na Europa. Vários autores dividem
a história da EaD em pelo menos quatro gerações e Oliveira (2014) aponta a
possibilidade de se falar numa quinta geração, como apresentado a seguir.
A
Primeira geração de EaD surge no fim da segunda metade do século XIX e se
estende até início da segunda metade do século XX. Conforme Oliveira (2014) e
Trenk (2014), nesse período prevaleceu o ensino por correspondência. Foram
utilizados os meios de transporte como trens e de comunicação, como os
correios, para difundir a formação educativa dos alunos ligados a uma
instituição educativa.
A
segunda geração, conhecida como “geração analógica”, ocorreu entre os anos 1960
e 1980. Teve início com o surgimento das Universidades Abertas de ensino a
distância em vários países da Europa, Ásia e África, cujo modelo seguido era o
da Open University britânica, fundada em 1969 (TRENK, 2014).
A
terceira geração de EaD surge a partir da década de 1990, baseada no uso do
computador e da internet, desenvolvendo a comunicação síncrona e assíncrona
(chats, fóruns, listas de discussão...). Neste período, conforme Oliveira
(2014), há uma viabilização de novo tipo de interação social que supera a
“distância social”, a “distância geográfica” e o “tempo” entre docentes e
discentes.
A
quarta geração da EaD é marcada pelo uso de aparelhos móveis, munidos de
tecnologias inovadoras mais avançadas do que as encontradas nos próprios computadores. Entre esses
aparelhos destacam-se o celular, o smartphone e o tablete, considerados
tecnologias da comunicação e informação acessíveis a um grande número de
usuários,
capaz
de viabilizar a troca de informações e de produção do conhecimento em tempo
instantâneo possibilitando estabelecer e manter a interação dos participantes
de uma comunidade de aprendizagem com maior qualidade e rapidez (OLIVEIRA,
2014, p. 07).
Segundo Oliveira (2014), já se pode
falar em quinta geração da EaD, demarcada pelo uso da banda larga e democratização
da internet. Neste sentido, a EaD caracteriza-se pelo uso variado de
plataformas online, como o Moodle e o AVA (Ambiente Virtual de Aprendizagem),
além de outras redes de comunicação, como as redes sociais.
Os
novos procedimentos em EaD estão diretamente inseridos em um novo fenômeno
denominado Cibercultura, ligado diretamente com o avanço da tecnologia, da
internet, dos novos meios de comunicação e das redes sociais.
Pierre
Lévy define a cibercultura como o “conjunto de técnicas (materiais e intelectuais),
de práticas, de atitudes, de modos de pensamento e de valores que se
desenvolvem juntamente com o crescimento do ciberespaço” (LÉVY, 1999, p. 17).
Por ciberespaço o autor compreende o “novo meio de comunicação que surge da
interconexão mundial dos computadores” (LÉVY, 1999, p. 17).
Numa
abordagem sobre o trabalho docente em EaD na era da cibercultura, a pergunta
mais instigante é: como fica o docente em EaD na era da cibercultura? Uma
resposta resumida e precisa é apresentada por Oliveira: “as velozes mudanças
tecnológicas impõem outro ritmo à tarefa de ensinar e aprender” (OLIVEIRA,
2014, p. 09). Ou seja, o docente em EaD na era da cibercultura precisa
reinventar seus métodos de ensino-aprendizagem, adotando, especialmente, as
novas tecnologias no desempenho de suas atividades.
Em que se difere o docente em EaD do docente em educação
presencial? Sinteticamente, diferencia-se, sobretudo, no domínio do mundo
tecnológico que se lhe impõem na execução do seu ofício. Pode-se apontar ainda
a diferenciação de seus métodos pedagógicos e a ampliação dos saberes. Nos
outros aspectos, são iguais.
Mill aponta para a verdade de que esse docente é, antes de tudo,
um ser humano, um sujeito, construtor de sua própria história e,
consequentemente, desenvolve pontos de vista próprios sobre si mesmo, sobre os
outros e sobre sua profissão. Assim sendo, é sujeito do próprio processo de
ensino-aprendizagem com o qual está envolvido. É sujeito do ensino-aprendizagem
em EaD tal como o estudante ou os gestores da EaD. É, ainda, gestor, na
concepção de Mill (2012b, p. 14).
Esse
sujeito de processo educativo, conforme Mill (2012ba) é complexo, com saberes
próprios, adquiridos através da experiência e por meio de estudos. Mais ainda,
como qualquer outra pessoa, tem preconceitos, ou possui conceitos
pré-estabelecidos sobre muitas coisas, inclusive sobre a própria educação, e
sobre a educação a distância. Pode ainda ser um docente que tomou a educação a
distância, num primeiro momento, como processo educativo ineficiente ou de pouca
importância, vindo depois integrá-lo como realização pessoal, o que pode não
ser raro acontecer.
7. METODOLOGIA
A realização do trabalho dar-se-á
por meio da escolha, leitura e análise de literatura já existente na área,
sendo, portanto, uma revisão literária, constituindo-se de uma pesquisa
bibliográfica, que, segundo Silva (2005), é aquela “elaborada a partir de material
já publicado, constituído principalmente de livros, artigos de periódicos e
atualmente com material disponibilizado na Internet” (SILVA, 2005, p. 21). Após
a análise, será elaborado um texto final que será apresentado à banca
Examinadora do Curso de Pós-graduação Latu-Sensu em EAD do IFNMG para análise e
aprovação.
8. CRONOGRAMA
ATIVIDADES/MÊS
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MAI
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JUN
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JUL
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AGOS
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01
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Pesquisa
literária
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X
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02
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Revisão
da literatura
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X
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03
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Elaboração
do Projeto Versão I
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X
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04
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Elaboração
do Projeto Final
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X
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05
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Elaboração
da Primeira Versão do Artigo
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X
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X
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06
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Elaboração
da Versão Final do Artigo
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X
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07
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Preparação
do Pôster do Artigo
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X
|
X
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08
|
Apresentação
do Artigo/Pôster em Seminário
|
X
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9. REFERÊNCIAS
LÉVY,
Pierre. Cibercultura. São
Paulo: Editora 34, 1999.
MILL, D.;
BIANCHI, P. C. F. Programa de Formação
Continuada da Unimontes. Módulo V. Gestão da Educação a Distância. Montes
Claros: Unimontes, 2012.
MILL, D.; SILVA,
A. R. da; TORRES, M. A. G. Programa de
Formação Continuada da Unimontes. Módulo III. Docência na Educação a Distância.
Montes Claros: Unimontes, 2012.
OLIVEIRA, R. M.
da S. R. Avaliação online:
fundamentos históricos, filosóficos e políticos da EaD. Disponível em:
<http://ava.ifnmg.edu.br/mod/quiz/review.php?/attempt=31775>. Acesso em
06 fev. 2015.
OLIVEIRA, R. M.
da S. R. Programa de Formação Continuada
da Unimontes. Parte II: Fundamentos históricos, filosóficos e políticos da EaD.
Montes Claros: Unimontes, 2012.
PESCE, Lucila. EAD: antes e depois da cibercultura.
Salto para o Futuro. Cibercultura: o que
muda na educação. Ano
XXI Boletim 03 - Abril 2011, p. 10-15.
SANTOS, Edméa. Cibercultura: o que muda na Educação.
Salto para o Futuro. Cibercultura: o que
muda na educação. Ano
XXI Boletim 03 - Abril 2011, p. 05-09.
SANTOS, Edméa. Educação online para além da EAD: um fenômeno da cibercultura. Actas do X Congresso Internacional
Galego-Português de Psicopedagogia. Braga: Universidade do Minho, 2009.
SILVA, Edna
Lúcia da, MENEZES Estera Muszkat. Metodologia
da Pesquisa e Elaboração de Dissertação. 4. ed. rev. atual. – Florianópolis: UFSC, 2005.
TRENK, W. A. A prática docente em EAD no contexto da
cibercultura. Convenit
Internacional 14 jan-abr 2014 Cemoroc-Feusp/Ppgcr-Umesp/IJI - Univ. do Porto.
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