segunda-feira, 14 de setembro de 2015

A tecnologia no cinema

Tecnologia interativa em Capitão América 2: O Soldado Invernal


A aplicação de tecnologias interativas em produção de filmes obteve grande destaque, especialmente, a partir da década de 90. Não que isso não fosse possível antes desse período. O uso das tecnologias interativas na produção de filmes possibilita a interação entre admiradores, no caso o público, e os produtores. Harry Potter talvez seja o maior exemplo dessas aplicações ao se tratar de filmes juvenis. A franquia conta, além de oito filmes, com sites onde os internautas deixam suas impressões, além do site oficial da escritora da história no qual recebe a opinião dos seus leitores, com jogos, com adaptações para desenho e, esplêndido, uma nova cidade, começada a partir do Beco Diagonal, construída em Orlando, na qual reproduz, em grandes sets, partes da Hogwots. Esta cidade pode ser visitada em excursões na Inglaterra, para a qual convergem, atualmente, milhares de fãs da produção.
A produção do Filme Capitão América 2: O Soldado Invernal, apesar das muitas críticas, alguns afirmam haver um desprezo pelo uso da tecnologia interativa na produção do filme, conta com a técnica interativa em sua produção, como pode ser depreendido dos bônus do próprio filme, em que aparece uma agenda do protagonista com referências mundiais, na tentativa de construir um herói mundial, não apenas centrado nos EUA. As referências são, sobretudo, a personagens importantes de vários países, mormente os países mais influentes de cada região global. Escolhiam-se as personalidades com mais de cinco votações para entrar como referências no filme. O grande desastre está no Brasil, cuja referência foi nada mais do que Xuxa, como grande cantora e personalidade. Tristeza, visto que o Brasil oferece outras personagens muito mais importantes para a construção da memória cinematográfica e cultural. Shakira foi, também, pela América Latina, como cantora reconhecida internacionalmente. Uma referência um tanto fraca.

O fato é que a produção de Capitão América 2: Soldado Invernal, conta com o uso de tecnóloga interativa, seguindo a linha das grandes produções cinematográfica do momento. A parte final do filme, após os créditos, que dá ideia de uma sequência, exprime isso mais claramente, ao dar a opção a quem está assistindo de esperar um momento de revelação e fazer todo mundo correr para a internet em busca de maiores informações.

O uso da tecnologia interativa dá-se não apenas na produção do filme, mais aparece no próprio filme. O destaque recai sobre a web conferência do Conselho da Shield, na qual os conselheiros,
representantes poderosos de certos países, discutem com o secretário da mesma, que de fato exerce o poder, as problemática do lançamento de um novo programa nuclear.

As web conferências são uma realidade hoje, especialmente no mundo dos negócios e da educação. Mas também estão presentes em assuntos governamentais, podendo ser utilizadas mesmo na elaboração e assinatura de determinados acordos. O uso das tecnologias interativas na produção dessas novas conferências possibilita a redução de gastos com deslocamentos e a economia de tempo, deixando os agentes livres para outros empreendimentos mais rápido do que se pode esperar.

A web conferência da Shield, em Capitão América 2, representa não uma imaginação cinematográfica, mas reproduz a realidade nas discussões de vários elementos e situações entre pessoas, nações, ou entidades de mesmo interesse, podendo levar a conclusões positivas ou negativas, dependendo do que for acordado.

O Filme Capitão América 2: O Soldado Invernal, não é o primeiro a apresentar uma web conferência, mas talvez seja pioneiro em apresentá-la de maneira tão concreta, capaz de fazer-se crer na sua realidade. Daí o destaque dado neste texto para o uso de tecnologias interativas no filme, a despeito de outros.








quinta-feira, 10 de setembro de 2015

A tecnologia destruindo a história

11 de setembro: tecnologia de ponta a favor do desespero

Catorze anos se passaram e a memória coletiva da humanidade ainda retém imagens da queda das Torres Gêmeas, nos EUA, como poderosos fleches, como se o acontecimento fosse ontem. A dor causada em milhares de pessoas, entre elas amigos e familiares, com certeza persiste como marca que não cicatriza.
Pode-se indagar, ainda hoje, as causas de tal acontecimento. Claro que os EUA pretendem, após catorze anos, continuar eximindo-se da culpa de tais atentados. Obvio, por outro lado, que não se pode deixar de imputar culpa em quem realizou aqueles atentados.
Uma guerra, ou um atentado como o de 11 de setembro, nunca são resultados de coisa pequena. Fora preciso o acirramento dos ânimos, entre EUA e facções do Oriente, e mesmo governos legítimos do Oriente, durante muito tempo. Embora tenha gente que não considere este um problema real, um absurdo, de modo nenhum ele pode ser minimizado, o que seria uma falta de responsabilidade.
Após o atentado, mesmo a al-Qaeda assumindo sua autoria, desencadeou-se uma “caça às bruxas”  em termos ainda mais perigosos. A chamada “contraofensiva” lançada pelos EUA esmagaram milhares de pessoas do outro lado do mundo num processo de retaliação absurdo. Por outro lado, a popularidade do magno país das Américas ficou profundamente abalada, causando-lhe perdas irreparáveis. Não à toa que um novo presidente, com nova visão sobre política, economia e relações internacionais, subiu ao poder.
Segundo Eric Hobsbawm, as ações do EUA possibilitaram-lhe difundir o medo e o horror contra o terrorismo, escondendo, assim, as principais e maiores causas para os males da modernidade, inclusive o poderio exacerbado norte-americano sobre outros povos do mundo.
Passados catorze anos, prevalece a impressionante imagem do uso feito da tecnologia de ponta em favor da dor e do desespero. Como foi possível alguns homens, lotados em quatro aviões, driblarem o, dito, maior sistema de segurança do mundo e explodirem as duas torres mais poderosas já existentes? Pior: como isso pode ser perpetrado exatamente por um grupo isolado no Oriente sobre o qual pairava sérias dúvidas econômicas e tecnológicas?
Uma resposta à pergunta poder ser dada rapidamente: Bin Laden pôs os state no bolso e deixou todo mundo de boca aberta. Aberta, literalmente. Muitos gritando de medo e muitos babando impressionados. Imaginem a imagem ao, que esquematiza a posição dos “terroristas” dentro de um dos aviões que atingiram as Duas Torres. Um esquema como este, montado na realidade, demanda muito tempo, conhecimento do “solo” alvo e disponibilidade financeira e tecnológica invejável. Os mentores do 11 de setembro ficaram consagrados pela sua ousadia e coragem, mesmo que negativamente.

Passo a passo os mentores do atentado programaram suas ações, como pode ser visto na reportagem do G1 de 24 de novembro de 2011, quando dos dez anos do ocorrido. É claro que para realizar uma programação como essa, nos mínimos detalhes, e “sem erros”, fora necessário o conhecimento aprofundado das tecnologias de ponta, o domínio quase absoluto do uso de computadores e da internet, bem como dos modelos e das operações realizadas num avião e num aeroporto internacional.
O sequestro dos aviões, como é chamado, deu-se mediante horários programados e rotas pré-estabelecidas, a fim de não errar o alvo. E não erraram, exceto os aviões destinados à Casa Blanca e ao Pentágono, e isso apenas depois de soado o alarme e após a queda das Torres Gêmeas.
Enfim, vale indagar: quais os ganhos do uso exagerado das tecnologias de ponta para a humanidade? Claro que não se pode acreditar que seja totalmente negativo, mas deve-se reconhecer a preponderante falta de uma ética específica na produção, distribuição e manejo dessas tecnologias, especialmente quando o uso abusivo do poder entra em jogo.






A cor da minha pele no tom da sua voz: vozes plurais das escritoras negras de Minas

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