quinta-feira, 10 de setembro de 2015

A tecnologia destruindo a história

11 de setembro: tecnologia de ponta a favor do desespero

Catorze anos se passaram e a memória coletiva da humanidade ainda retém imagens da queda das Torres Gêmeas, nos EUA, como poderosos fleches, como se o acontecimento fosse ontem. A dor causada em milhares de pessoas, entre elas amigos e familiares, com certeza persiste como marca que não cicatriza.
Pode-se indagar, ainda hoje, as causas de tal acontecimento. Claro que os EUA pretendem, após catorze anos, continuar eximindo-se da culpa de tais atentados. Obvio, por outro lado, que não se pode deixar de imputar culpa em quem realizou aqueles atentados.
Uma guerra, ou um atentado como o de 11 de setembro, nunca são resultados de coisa pequena. Fora preciso o acirramento dos ânimos, entre EUA e facções do Oriente, e mesmo governos legítimos do Oriente, durante muito tempo. Embora tenha gente que não considere este um problema real, um absurdo, de modo nenhum ele pode ser minimizado, o que seria uma falta de responsabilidade.
Após o atentado, mesmo a al-Qaeda assumindo sua autoria, desencadeou-se uma “caça às bruxas”  em termos ainda mais perigosos. A chamada “contraofensiva” lançada pelos EUA esmagaram milhares de pessoas do outro lado do mundo num processo de retaliação absurdo. Por outro lado, a popularidade do magno país das Américas ficou profundamente abalada, causando-lhe perdas irreparáveis. Não à toa que um novo presidente, com nova visão sobre política, economia e relações internacionais, subiu ao poder.
Segundo Eric Hobsbawm, as ações do EUA possibilitaram-lhe difundir o medo e o horror contra o terrorismo, escondendo, assim, as principais e maiores causas para os males da modernidade, inclusive o poderio exacerbado norte-americano sobre outros povos do mundo.
Passados catorze anos, prevalece a impressionante imagem do uso feito da tecnologia de ponta em favor da dor e do desespero. Como foi possível alguns homens, lotados em quatro aviões, driblarem o, dito, maior sistema de segurança do mundo e explodirem as duas torres mais poderosas já existentes? Pior: como isso pode ser perpetrado exatamente por um grupo isolado no Oriente sobre o qual pairava sérias dúvidas econômicas e tecnológicas?
Uma resposta à pergunta poder ser dada rapidamente: Bin Laden pôs os state no bolso e deixou todo mundo de boca aberta. Aberta, literalmente. Muitos gritando de medo e muitos babando impressionados. Imaginem a imagem ao, que esquematiza a posição dos “terroristas” dentro de um dos aviões que atingiram as Duas Torres. Um esquema como este, montado na realidade, demanda muito tempo, conhecimento do “solo” alvo e disponibilidade financeira e tecnológica invejável. Os mentores do 11 de setembro ficaram consagrados pela sua ousadia e coragem, mesmo que negativamente.

Passo a passo os mentores do atentado programaram suas ações, como pode ser visto na reportagem do G1 de 24 de novembro de 2011, quando dos dez anos do ocorrido. É claro que para realizar uma programação como essa, nos mínimos detalhes, e “sem erros”, fora necessário o conhecimento aprofundado das tecnologias de ponta, o domínio quase absoluto do uso de computadores e da internet, bem como dos modelos e das operações realizadas num avião e num aeroporto internacional.
O sequestro dos aviões, como é chamado, deu-se mediante horários programados e rotas pré-estabelecidas, a fim de não errar o alvo. E não erraram, exceto os aviões destinados à Casa Blanca e ao Pentágono, e isso apenas depois de soado o alarme e após a queda das Torres Gêmeas.
Enfim, vale indagar: quais os ganhos do uso exagerado das tecnologias de ponta para a humanidade? Claro que não se pode acreditar que seja totalmente negativo, mas deve-se reconhecer a preponderante falta de uma ética específica na produção, distribuição e manejo dessas tecnologias, especialmente quando o uso abusivo do poder entra em jogo.






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