Olá pessoal!
Publicarei, para recomeçar, a Apresentação de meu livro Estranha Poesia, escrita por Bira Macedo.
Apresentação
Uma apresentação de um simples semianalfabeto,
para Gilberto Medeiros.
Cantar é próprio de quem ama.
(Sto. Agostinho)
Sim, um irmão de versos, e graças a
Deus vale a pena viver e conhecer este trabalho. Sim, não obedecer a nenhuma sequência
de fatos, nem à ordem cronológica dos mesmos. Deixarei a esmo vagar a memória,
e falar abertamente o coração.
Estou viajando nas páginas; este livro
é um cântico. O autor escreveu com todo o sentir de sua alma, profundamente
humana, em prosa impregnada de amor e de um encantamento que só os poetas
vivem.
Amor que transpira de simplicidade das
suas enternecedoras confidências, da humildade das dedicatórias, da sinceridade
dos seus relatos poéticos contemplativos, da sua visão cristã do mundo, da
isenção de quaisquer propósitos de interesses pessoais e do próprio objetivo do
livro: simbolizar a gratidão... o amor.
Na planície imensa, triste, em que
campeiam o materialismo e o egoísmo dos nossos dias, surge raramente um oásis
espiritual, um raio de luz nas trevas das nossas escuras apreensões.
É um oásis espiritual saber expressar
em versos, “indiscutivelmente”.
Após a sua leitura, nos sentimos tal
como no final de uma piedosa missa em que o oficiante nos deixa na alma a
alegria de viver, a confiança no futuro, a sensação de que vale a pena praticar
o bem e por ele lutar e viver, e a certeza de que, felizmente, há ainda quem
acredita vivamente nos desígnios e na presença da Natureza e o canta na linguagem
pura do coração, em versos poéticos...
Tudo nos foi transmitido num estilo
despretensioso, suave, agradável, tocantemente simples, como simples é a alma
grande e boa de Gilberto Medeiros.
Este é o seu primeiro livro de poemas.
Gilberto Medeiros nos traz um rico conjunto de obras de grande suavidade e
doçura, marcadas por um sentimento do belo que passeia entre a natureza, as
relações do eu com o mundo, com o universo, que circula entre as dores,
paixões, desejos e frustações de todos nós, habitantes efêmeros desse nosso
planeta.
Peço desculpas ao autor, tento mostrar
a beleza pura e simples dos seus versos, mas não sei, não sei se serei capaz de
deixar aqui palavras que toquem, como seus poemas, os corações dos seus
leitores e admiradores.
Meu caro companheiro, amigo, colega
nos versos sentimentais e de uma nostalgia que flora em nosso eu, desculpe, mas
quero uma desculpa com amizade: é merecedor de um comentarista estilo Machadão,
não um simples plebeu como eu.
Agradeço pela confiança, pela sua coragem
de deixar em mãos leigas um monumento como este, onde a voz interna do “ser”,
mostra a realidade em versos. Nada mais poderei acrescentar. Vejam o prefácio
do autor, diz tudo, leiam o poema “Sagrado Profano” onde o autor se mostra...
Como foi difícil para mim conseguir um
relato assim, segundo os preceitos do ritual que ilustra e rege essas páginas.
Quase o consegui, sei. O que escrevi, soltei lá de dentro do meu eu as
lembranças e aumentei, dentro de minha alma, a beleza dos versos de nosso
querido Gilberto Medeiros.
Coração de Jesus, dezembro de 2019.
Ubirajara Alves Macedo*
*Contador de formação. Jornalista por
experiência. Poeta, escritor e historiador da cultura local, com vários livros
publicados. Artesão. Presidente da Fundação Cultural José Alves de Macedo.
Presidente da Academia de Artes, Letras e Ciências de Coração de Jesus.
Secretário de Cultura de Coração de Jesus.
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