terça-feira, 7 de abril de 2020

Estranha Poesia


Olá pessoal!
Resolvi voltar a publicar em meu Blog, coisa que não faço há muito tempo.
Publicarei, para recomeçar, a Apresentação de meu livro Estranha Poesia, escrita por Bira Macedo.


Apresentação

Uma apresentação de um simples semianalfabeto, para Gilberto Medeiros.

                                                   Cantar é próprio de quem ama.
                                                     (Sto. Agostinho)


Sim, um irmão de versos, e graças a Deus vale a pena viver e conhecer este trabalho. Sim, não obedecer a nenhuma sequência de fatos, nem à ordem cronológica dos mesmos. Deixarei a esmo vagar a memória, e falar abertamente o coração.
Estou viajando nas páginas; este livro é um cântico. O autor escreveu com todo o sentir de sua alma, profundamente humana, em prosa impregnada de amor e de um encantamento que só os poetas vivem.
Amor que transpira de simplicidade das suas enternecedoras confidências, da humildade das dedicatórias, da sinceridade dos seus relatos poéticos contemplativos, da sua visão cristã do mundo, da isenção de quaisquer propósitos de interesses pessoais e do próprio objetivo do livro: simbolizar a gratidão... o amor.

Na planície imensa, triste, em que campeiam o materialismo e o egoísmo dos nossos dias, surge raramente um oásis espiritual, um raio de luz nas trevas das nossas escuras apreensões.
É um oásis espiritual saber expressar em versos, “indiscutivelmente”.
Após a sua leitura, nos sentimos tal como no final de uma piedosa missa em que o oficiante nos deixa na alma a alegria de viver, a confiança no futuro, a sensação de que vale a pena praticar o bem e por ele lutar e viver, e a certeza de que, felizmente, há ainda quem acredita vivamente nos desígnios e na presença da Natureza e o canta na linguagem pura do coração, em versos poéticos...
Tudo nos foi transmitido num estilo despretensioso, suave, agradável, tocantemente simples, como simples é a alma grande e boa de Gilberto Medeiros.
Este é o seu primeiro livro de poemas. Gilberto Medeiros nos traz um rico conjunto de obras de grande suavidade e doçura, marcadas por um sentimento do belo que passeia entre a natureza, as relações do eu com o mundo, com o universo, que circula entre as dores, paixões, desejos e frustações de todos nós, habitantes efêmeros desse nosso planeta.
Peço desculpas ao autor, tento mostrar a beleza pura e simples dos seus versos, mas não sei, não sei se serei capaz de deixar aqui palavras que toquem, como seus poemas, os corações dos seus leitores e admiradores.
Meu caro companheiro, amigo, colega nos versos sentimentais e de uma nostalgia que flora em nosso eu, desculpe, mas quero uma desculpa com amizade: é merecedor de um comentarista estilo Machadão, não um simples plebeu como eu.
Agradeço pela confiança, pela sua coragem de deixar em mãos leigas um monumento como este, onde a voz interna do “ser”, mostra a realidade em versos. Nada mais poderei acrescentar. Vejam o prefácio do autor, diz tudo, leiam o poema “Sagrado Profano” onde o autor se mostra...
Como foi difícil para mim conseguir um relato assim, segundo os preceitos do ritual que ilustra e rege essas páginas. Quase o consegui, sei. O que escrevi, soltei lá de dentro do meu eu as lembranças e aumentei, dentro de minha alma, a beleza dos versos de nosso querido Gilberto Medeiros.
Coração de Jesus, dezembro de 2019.

Ubirajara Alves Macedo*
*Contador de formação. Jornalista por experiência. Poeta, escritor e historiador da cultura local, com vários livros publicados. Artesão. Presidente da Fundação Cultural José Alves de Macedo. Presidente da Academia de Artes, Letras e Ciências de Coração de Jesus. Secretário de Cultura de Coração de Jesus.


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